Kata Geibl

Há algo verdadeiramente cru na fotografia de Kata Geibl. Tal é visível na agilidade da fotógrafa húngara ao passar uma mensagem dura através da imagem seca, fator fortemente presente em dois dos seus projetos. Geibl é uma artista atenta ao jogo entre humano e planeta e à maneira como um influencia as reações do outro.

There is nothing new under the sun (2019-) pretende reunir idiossincrasias do mundo atual, abordando o Antropoceno e o  Zeitgeist sem que se note: aborda não abordando. A artista admite que nunca teve o desejo de entregar respostas ao público, teve, ao invés, o desejo de suscitar questões que permitam refletir sobre a repetição dos tempos: “By juxtaposing the melting glaciers of Dachstein, animals under human control, almost Greek god-like athletes a narrative of our new age unfolds through the images“, daí não haver nada de novo debaixo do sol.

There’s nothing new under the sun

There’s nothing new under the sun

There’s nothing new under the sun

Já em Uncanny Valley (2017), Geibl esclarece que o título provém do termo científico associado ao medo dos humanos face a figuras robóticas que a eles se assemelhem e admite inspirar-se no filme Solaris de Tarkovsky. Durante a sua estadia de meio ano na Finlândia, a fotografa questiona-se se o futuro é aquilo que estamos agora a viver.

Uncanny Valley

Uncanny Valley

Uncanny Valley

Todas as imagens: http://www.katageibl.com