Jacob Howard

Project details

Projeto

Vários

Ano

2011-2020

Category

Entrevista, Fotografia

O mestrado em Graphic Design não travou Jacob Howard de se dedicar plenamente à fotografia. Oscilando de foque e estilo artístico, mantém sempre certas características alicerçadas na altura do disparo: “isolamento, silêncio e inquietação”.

O fotógrafo natural da Nova Zelândia revela que o projecto que ditou uma importantíssima mudança de registo foi Distant, em 2014, no sul da Nova Zelândia. Foi responsável por uma preocupação maior com a paisagem e a dimensão que a mesma assume quando fotografada, sobrepondo-se uma personagem humana impotente: “O que me interessou do ponto de vista de contador histórias foi como a enorme escala e a beleza do ambiente natural afetaram o espectador distante, as pessoas que nele existem e a mim próprio. Um lugar onde a paisagem exala uma natureza sagrada e onde o homem é uma mera figura de proa.”

Distant foi capaz de influenciar outras coleções, como Descent e The otherside, onde as imagens deixam a sensação de reflexão sobre a agilidade antrópica de, de mãos atadas, contemplar aquilo que a nós se impõe quer pela grandiosidade quer pela incontornável beleza.

Distant

Distant

Descent

The Other Side

Descent

Já num outro registo, surge a curiosidade pelo gótico que cerca a sua cidade natal, assim, trabalha o ângulo e as condições atmosféricas de modo a transformar aquilo que sempre julgou familiar num registo contrário e misterioso. Revela uma especial atenção à apresentação da paisagem como ser vivo, seguindo por essa mesma razão uma filosofia artística semelhante à da fotografia de retrato: “Eu queria tentar capturar a alma da paisagem, da mesma forma que alguém tenta capturar a alma através de um retrato, vendo o local como uma coisa viva e respiratória. Fiquei tão intrigado com o nevoeiro, vendo-o entrar e sair, inspirando e expirando. Para mim, não eram apenas paisagens, eram algo mais.”